terça-feira, 29 de junho de 2010

Fado Português


Os portugueses foram eliminados da Copa de 2010. Em um jogo truncado onde os gajos praticamente só se limitaram a marcar, o espanhol David Villa marcou um gol polêmico para a fúria e mandou a seleção de Portugal mais cedo para casa. Mais um lance que vai criar a maior polêmica numa copa em que os protagonistas não são os jogadores: ora é a bola, ora é a arbitragem.

Mas eu, assim como o Felipe Melo, gosto de trabalhar mesmo é com as estatísticas. Vamos aos dados do ataque português, jogo a jogo:

Jogo 1: Portugal 0 x 0 Costa do Marfim
Jogo 2: Portugal 7 x 0 Coréia do Norte
Jogo 3: Portugal 0 x 0 Brasil
Jogo 4: Portugal 0 x 1 Espanha

Traduzindo: 7 gols marcados em 4 partidas, o que não seria tão ruim se não tivessem sido todos em um único jogo, contra a toda poderosa Coréia do Norte.

Poucos dias antes de começar a Copa da África, Cristiano Ronaldo, astro do time luso, fez um comentário que deixou todos muito confusos. Segundo ele, "Gols são como ketchup: podem demorar a sair, mas vêm todos de uma vez.". Agora sim, com a eliminação de Portugal e acessando os dados logo acima, entendi o comentário do portoga.

É que quando o ketchup tá acabando, a gente vira ele de cabeça pra baixo e deixa lá na geladeira. Aí quando queremos comer, ficamos um tempão apertando o frasco em vão e, de repente, cai tudo de uma vez. Mas pô, depois que caiu, já era. E acho que assim foi o ataque português. Marcou sete gols em uma única partida e no resto nada de ketchup.

Fazendo uma tabelinha com o Cristiano Ronaldo, eu diria que o ataque português está parecido com outra coisa vermelha gostosa. Os gols de Portugal são que nem menstruação: vêm tudo de uma vez mas só aparecem uma vez no mês (isso se aparecer, porque senão...).

Bem, mais sorte aos lusos na próxima copa. Quem sabe se em 2014 no Brasil não tiver telão no estádio o Cristiano Ronaldo pára de se olhar para corrigir o penteado e presta mais atenção nos jogos?


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Brasileiros que não desistem nunca...

Képler Laveran Lima Ferreira... Alguém aí conhece? A princípio, só mais um brasileiro de nome esquisito.

Bem, vejamos o que diz a wikipedia:

"Képler Laveran Lima Ferreira (Maceió, 26 de fevereiro de 1983), mais conhecido por Pepe, é um futebolista luso-brasileiro que joga actualmente no Real Madrid e na Selecção Portuguesa de Futebol."

Ah sim, o Pepe, aquele jogador brasileiro do Real Madrid que se naturalizou português...

Pois bem, coisas do destino.

Antes, vamos falar um pouco do Dunga: técnico da seleção brasileira, persona non grata, sujeito turrão, teimoso... ou seria ele um visionário!? Afinal, Dunga vê coisas onde ninguém vê. Algum problema? Ah bom, pensei que tinha! B#nd@*!

Mas até então, o que o Pepe tem a ver com o Dunga? Afinal, o jogador se naturalizou português em 2007 e sequer pode jogar pela seleção do nosso querido anão.

É que um desses "preciosos" achados de Dunga se chama Felipe Melo. E é aí que o Pepe entra na história... E que entrada!
(Imagem: Reuters)

Felipe Melo jamais foi unanimidade. Aliás, corrijo-me. Sempre foi unânime que todos o queriam bem longe da seleção. Caneleiro, explosivo, caceteiro, sarrafeiro. Estas são apenas algumas das demonstrações de carinho que nosso volante recebeu nos últimos tempos.

Pepe, como quase todos os brasileiros, insatisfeito com a seleção que Dunga montou, foi lá e resolveu fazer justiça com as próprias mãos. Ou melhor, com as travas da chuteira. Numa solada (ato ou efeito de entrar com a sola da chuteira no adversário) antológica, tirou o cabeça de bagre área da nossa seleção de pelo menos uma partida.

Duas coincidências chamam a atenção: Primeiro que Pepe vinha de uma lesão que o afastou dos gramados por vários meses e retornou justamente no jogo contra o Brasil, quando ocorreu o incidente com o Felipe Melo ( \o/ ). Segundo que o Brasil jogou muito melhor contra o Chile, sem o volante.

Coincidências à parte, fica aqui nosso muito obrigado ao Pepe, que fora muitas vezes acusado injustamente de desertor. Pepe demonstrou ao mundo o quanto se preocupa com o futuro da seleção canarinha. Pepe: um brasileiro que não desiste nunca. Foi à copa por outra seleção só para fazer o que nenhum outro brasileiro havia conseguido: tirar o Felipe Melo do esquema do Dunga. Pepe, acima de tudo, deu uma sobrevida à torcida que sonha com o Hexa.

Valeu Pepe!!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pango Ensina #1

Anos 2000. Tempos difíceis para os operadores da graça (explico mais pra frente).

Digo isso porque TODA e QUALQUER piada é preconceituosa em sua gênese. É sim, pô, curte só: uma criança caiu na beira da piscina? TU TÁ RINDO DE CRIANÇA, ADULTOCÊNTRICO DE MERDA?

ou

Uma mulher bateu o carro enquanto passava maquiagem, falava ao celular e, sei lá, dormia ao mesmo tempo. TU TÁ OPRIMINDO A MULHER, SEU MACHISTA DUZINFERNO?

ou

Um negro cai...PUTES!! NEM VOU FALAR NADA!

ou

O Rick Martin releva que é gay... CARALHO, HOMOFÓBICO!

É, tenta ser engraçadinho ai pra tu ver. Não há nada que faz alguém rir que não cause (sob essa ótica) dano a algum grupo social qualquer.

Por isso que o lugar de fala de quem diz algo com ou sem intuito de fazer graça deve ser de humildade. Sim. Não é você, ô escrotinho nerd que assiste casseta e planeta, que é engraçado; a graça existe por si só. Você apenas pega a graça, codifica com sons ou gestos, e passa ela pra alguém. Só.

Agora vê se aprende a não bancar o troxão por ai, hein?

ps.: troxão ou troxona, a quem couber.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Capiroto



Essa cara, esses dedos... Só faltou o banjo para o Rafa Márques.

terça-feira, 22 de junho de 2010

5 contra 1

(Foto: Reuters)

As mãos estão dando o que falar nessa copa. Depois do golaço do Luis Fabiano, a famosa "mão de deus" do Maradona voltou a ficar em evidência. Agora, essa mão aí do grego... Confesso que eu já tinha visto técnico "dobrar" a marcação em cima de alguém que jogasse bem. Tá certo que o cara é o melhor do mundo, mas colocar 5 pra marcar 1, aí é sacanagem!!

O grego levou a sério essa história de segurar o atacante. A defesa foi tão boa que assim não passou bola nenhuma.