quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pango Ensina #1


Anos 2000. Tempos difíceis para os operadores da graça (explico mais pra frente).

Digo isso porque TODA e QUALQUER piada é preconceituosa em sua gênese. É sim, pô, curte só: uma criança caiu na beira da piscina? TU TÁ RINDO DE CRIANÇA, ADULTOCÊNTRICO DE MERDA?

ou

Uma mulher bateu o carro enquanto passava maquiagem, falava ao celular e, sei lá, dormia ao mesmo tempo. TU TÁ OPRIMINDO A MULHER, SEU MACHISTA DUZINFERNO?

ou

Um negro cai...PUTES!! NEM VOU FALAR NADA!

ou

O Rick Martin releva que é gay... CARALHO, HOMOFÓBICO!

É, tenta ser engraçadinho ai pra tu ver. Não há nada que faz alguém rir que não cause (sob essa ótica) dano a algum grupo social qualquer.

Por isso que o lugar de fala de quem diz algo com ou sem intuito de fazer graça deve ser de humildade. Sim. Não é você, ô escrotinho nerd que assiste casseta e planeta, que é engraçado; a graça existe por si só. Você apenas pega a graça, codifica com sons ou gestos, e passa ela pra alguém. Só.

Agora vê se aprende a não bancar o troxão por ai, hein?

ps.: troxão ou troxona, a quem couber.

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